Conteúdo organizado por Natasha Young Buesa em 2023 do livro Aprendizagem Ativa via Tecnologias, publicado em 2019 por Antonio Siemsen Munhoz, pela editora InterSaberes.
Mapa Mental e Seminário
É preciso começar este tema ensinando que foi Tony Buzan, uma das grandes personalidades e autoridades no estudo do cérebro, da memória e da aprendizagem, que idealizou o mapa mental, tendo como base o funcionamento do nosso cérebro.
Buzan afirma que se gravam com mais facilidade informações que são transmitidas por meio de desenhos simples e palavras-chave, que resumem o conteúdo a ser assimilado.
O Mapa Mental pode ser entendido como um diagrama simples, que tem como objetivo conectar informações em torno de um assunto central. É como uma árvore cujos galhos detalham informações concisas que partem de um eixo (tronco) principal.
É uma poderosíssima ferramenta de brainstorm (tempestade de ideias) que facilita a memorização, a visualização, a associação de sentidos, o aprendizado, de maneira geral, de modo lúdico e motivador.
Com ele, é possível organizarmos as ideias de forma lógica e simples, com visualização, o que facilita o processo de guarda de informação.
Agora que já sabemos do que trata, vamos conhecer um pouco mais sobre esta riquíssima prática. (Mello, Neto & Petrillo, 2019)
Para nos aprofundarmos neste estudo, vamos conhecer os objetivos desta metodologia.
Passemos às estratégias de aplicação:
Primeiro o professor precisa apresentar em sala de aula certo conteúdo ou então escolher um texto para que os estudantes leiam previamente;
Na sequência da leitura, os alunos começam a construir o mapa mental. Inicia-se pelo tema central, que vai evoluindo por meio dos ‘ramos’, gerando uma conexão com os diferentes subtópicos do tema que está sendo estudado.
Para uma melhor visualização do conteúdo deve-se usar cores, setas e desenhos que auxiliam na associação e posterior memorização das informações.
Devem-se usar palavras-chave curtas, construindo o fluxo do mapa, visto que frases longas podem tirar o foco ou confundir a visualização.
A folha usada deve estar na posição ‘paisagem’ para que seja possível organizar melhor as informações e construir melhor os fluxos.
Deve-se iniciar no centro da folha, com a ideia central, envolvendo-a com algum elemento visual, como um balão de ideias (desses que usamos nas histórias em quadrinhos) ou algum desenho que represente a palavra ou expressão, porém, deve-se tomar muito cuidado com a poluição visual.
Caso seja necessário é melhor criar vários pequenos mapas mentais e não um super poluído de informações.
As linhas devem ser encadeadas de forma decrescente, juntando os maiores com seus subtópicos e com o tema central, e os assuntos mais específicos devem ser ligados com linhas menores aos seus subtópicos. Essas linhas também podem ser mais ou menos grossas, conforme a relevância da informação.
Recomenda-se que as linhas sejam com curvas, assim prenderão mais a atenção do cérebro, visto que linhas retas deixam-no entediado.
Finalmente, é necessário consultá-lo continuamente para que a linha de raciocínio não seja esquecida, haja vista que o cérebro precisa de um tempo para assimilar novas informações até que sejam naturais. (Mello, Neto & Petrillo, 2019)
Quer conhecer mais sobre o uso de mapas mentais em sala de aula? Então aprofunde seus estudos.
Vejamos um exemplo de Mapa Mental
Figura 1 – Exemplo de Mapa Mental
Fonte: Mello, Neto & Petrillo, 2019, p. 90
Agora pensamos juntos… será que hoje em dia é possível criar mapas mentais on-line? Sim, existem atualmente vários aplicativos bem interessantes que possibilitam a criação de lindíssimos e dinâmicos mapas mentais.
Apesar de a memorização e compreensão ocorrerem melhor quando o mapa mental é feito à mão, há várias excelentes ferramentas digitais que possibilitam e facilitam a sua criação. São elas:
Há ainda vários softwares que possibilitam a criação de mapas mentais. São eles:
A palavra seminário está ligada, originariamente, à ideia de sementeira, de vida nova, ideias novas. É uma metodologia para o treino da oralidade, visto que seu objetivo final é apresentar um assunto que foi estudado previamente.
É uma apresentação oral, geralmente em equipes, sobre um conteúdo pré-estabelecido, que provoca nos estudantes a prática da crítica, da defesa de certo ponto de vista, desenvolvendo e aprimorando a competência discursiva e argumentativa, na oralidade e na escrita.
É importante destacar que o seminário é uma técnica excelente para atingir os objetivos macro do ensino superior, por exemplo, porque aprimora não apenas os conhecimentos técnicos que o estudante adquire, mas potencializa a sua formação intelectual e interativa.
Marion (2009, como citado em Mello, Neto & Petrillo, 2019) diz que o seminário proporciona um processo sistemático e profundo de leitura, de análise, de interpretação de textos de modo a formular um problema de pesquisa, uma hipótese, levando à investigação do tema e posterior apresentação.
Vale ressaltar que esta metodologia pode ser aplicada no ensino presencial, porém também pode ser adaptada para o ensino remoto, a distância e para o blended learning.
Com relação aos objetivos desta prática didático-pedagógica, são eles:
Com relação à forma como esta prática pode ser desenvolvida, é necessário elencar algumas etapas. Vamos a elas.
Com certeza é uma metodologia que pode ser muito explorada em sala de aula, nos diferentes níveis de ensino, estimulando os estudantes a interagir com a sala, a argumentar, a serem mais desinibidos e aprenderem a pensar de forma instantânea, visto que podem debater a respeito do que está sendo explanado. (Mello, Neto & Petrillo, 2019)
Conforme conversamos ao longo de nossa disciplina, há muitas metodologias que podem ser empregadas nos dias atuais, tanto no ensino presencial, quanto no ensino a distância e no ensino híbrido, e que não precisam, necessariamente, o uso de tecnologias de informação e comunicação muito modernas e inovadoras.
Já aprendemos em nosso curso que tecnologias mais simples podem sim ser muito bem utilizadas e exploradas em sala de aula, portanto, cabe a cada professor observar as práticas dos colegas, trocar informações, participar de capacitações e treinamentos, mas principalmente tentar inserir em suas práticas metodologias que sejam capazes de motivar os alunos do século XXI, de modo que eles queiram estar em sala de aula, se preparando para o mercado de trabalho e para serem pessoas bem preparadas para conviver em sociedade.
Espero que este conteúdo tenha aberto um pouco mais a sua mente, caro aluno, no afã de que perceba que muita coisa pode ser feita em sala de aula quando se tem vontade e determinação. É certo que muitos desafios precisam ser superados, porém, com o passar do tempo, e dando um passo por vez, chegaremos a um ponto em que a educação mundial será o ponto forte deste mundo globalizado. Pelo menos é isso que precisamos desejar. Boa sorte nessa jornada.
Aprendemos ao longo desta aula, que o Mapa Mental é como um diagrama simples, cujo objetivo é conectar visualmente informações em torno de um assunto central. É como uma árvore cujos galhos detalham informações concisas partindo de um tronco principal. É uma poderosa ferramenta de brainstorm que facilita a memorização, a visualização, a associação de sentidos, o aprendizado, de maneira geral, de modo lúdico e motivador. Com relação ao Seminário, compreendemos que consiste em uma apresentação oral, previamente preparada, que geralmente ocorre em equipes, sobre um conteúdo pré-estabelecido, que provoca nos estudantes a prática da crítica, da defesa de certo ponto de vista, desenvolvendo e aprimorando a competência discursiva e argumentativa, na oralidade e na escrita. É uma forma de treinar a expressão oral dos estudantes, preparando-os para o mercado de trabalho, visto que atualmente, muitas empresas exigem de seus profissionais explanações sobre o que está ocorrendo no setor.
Aproveite para aprofundar seus estudos e conhecer mais sobre o uso dos seminários em sala de aula.
Referências
Bibliográficas
Mello, Cleyson de Moraes; Neto, José Rogério Moura de Almeida; & Petrillo, Regina Pentagna. (2019). Metodologias Ativas: desafios contemporâneos e aprendizagem transformadora. [livro eletrônico] 2ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos.